Existe uma certeza no mundo de hoje: a mudança constante, gerando crises e oportunidades. Surgem e desaparecem novos projetos, idéias e cargos. Qual influência este cenário exerce em nossas vidas? Mais uma certeza: o estresse.
O estresse, a ansiedade e a depressão são atualmente um dos principais problemas de saúde no trabalho, sendo considerados fatores de risco para o desenvolvimento de doenças como hipertensão, infarto, derrame e até mesmo o câncer.
O estresse faz parte de um grupo de fatores chamados psicossociais e podem se manifestar através de sintomas físicos, cognitivos, emocionais e comportamentais.
Definição de estresse
Dr. Hans Selye, o pai da teoria do estresse, o define como “uma reação automática, não específica, a qualquer demanda, podendo ser um desafio ou qualquer tipo de mudança que requeira uma adaptação.”
O estresse pode ser positivo ou negativo, depende da situação, intensidade e duração. O bom estresse (eustresse) nos ajuda a desempenhar melhor e nos dá uma sensação de bem-estar. Já o mau estresse (distresse) nos afeta negativamente, gerando diversas manifestações e adoecimento.
O modelo interativo ou ecológico de estresse explica porque situações estressantes para um indivíduo não são para outro.
O estresse ocorre quando os fatores estressores são maiores que os fatores protetores em um determinado momento.
Fatores estressores
Os fatores estressores podem ser pessoais, profissionais ou acadêmicos.
Podem vir do ambiente, como calor ou frio excessivo, da interação com as pessoas, conflitos e hostilidades, das demandas do trabalho, como carga de trabalho excessiva, falta de flexibilidade e autonomia, e mudanças em geral.
Podem vir de dentro de nós, como dores, preocupações, memórias negativas.
Fatores protetores
- Espiritualidade
- Estilo de vida saudável: atividade física regular, sono adequado, boa alimentação, não fumar, usar o álcool com moderação, tempo para lazer.
- Lócus de controle interno: responsabilidade pelos próprios atos.
- Suporte social e rede de relacionamentos.
- Boa auto-estima.
- Inteligência emocional, como autoconsciência, autocontrole, motivação, otimismo, empatia, perseverança e liderança.
Manifestações do estresse
As manifestações do estresse são numerosas e variadas, podendo ser divididas em quatro categorias.
- Físicas: fatiga, cefaléia, insônia, dores musculares, palpitações, dores no peito, cólicas abdominais, náusea, tremores, extremidades frias, vermelhidão, sudorese, resfriados freqüentes, doenças de pele, distúrbios imunológicos.
- Cognitivas: diminuição da atenção e memória, indecisão.
- Emocionais: ansiedade, depressão, raiva, frustração, preocupação excessiva, medo, irritabilidade.
- Comportamentais: pressa, compulsão alimentar, tabagismo, alcoolismo, dependência química, violência.
O estresse também tem um impacto na produtividade, já que está associado ao absenteísmo por problemas de saúde, ao baixo presenteísmo pela diminuição da capacidade de se concentrar em tarefas.
Fisiologia do estresse
O estresse é um processo psico-neuro-endócrino, regida pelo sistema límbico e pelo sistema nervoso autônomo (SNA). O SNA é divido em sistema nervosos simpático (SNS) e para-simpático (SNP).
O SNS inicia a resposta de “luta ou fuga” e o SNP retorna ao estado de homeostasia (equilíbrio) corporal e emocional para regeneração e relaxamento.
O SNA é influenciado pelo hipotálamo (parte do sistema límbico) que faz a ponte entre o sistema nervoso e o sistema endócrino.
Em momentos de estresse, o hipotálamo estimula a hipófise a qual estimula as glândulas adrenais a liberarem os hormônios do estresse (adrenalina, noradrenalina e cortisol) na corrente sanguínea, resultando em várias mudanças corporais, tais como:
- Aumento da frequência cardíaca e pressão arterial (levando mais sangue para os músculos, cérebro e coração)
- Aumento da frequência respiratória e dilatação das vias aéreas (para aumentar a oxigenação)
- Maior tensão nos músculos (preparação para a ação)
- Aumento da atenção e sensibilidade dos órgãos de sentido (para avaliar melhor a situação e agir rapidamente)
- Aumento de fluxo sanguíneo para o cérebro, coração e músculos (órgãos mais importantes para lidar com o perigo)
- Aumento da glicose, lipídeos e colesterol (para energia extra)
- Aumento das plaquetas e fatores de coagulação (para prevenir hemorragia em caso de lesão)
- Diminuição do fluxo sanguíneo na pele, trato digestivo, rins e fígado
- Diminuição da atividade do sistema imune
- Diminuição da função reprodutiva
Gestão do estresse
Existem 2 linhas de atuação complementares no gerenciamento do estresse: a redução dos fatores estressores e o fortalecimento dos fatores protetores.
O Programa de Saúde Emocional LifeSkills reúne um conjunto de estratégias de prevenção e gestão do estresse.
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Esse conteúdo educativo é apenas informativo e não substitui a orientação de um profissional de saúde.